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Como Superar o Sentimento de Ser Esquecido pela Família: Lições de Diógenes de Sinope

Sentir-se esquecido pela família, como se você não tivesse mais importância, é uma dor profunda e silenciosa. Para muitos, esse sentimento aparece de forma intensa com o passar dos anos, junto com a impressão de ser um idoso abandonado ou de carregar o peso de ser o fardo da velhice. Esses sentimentos são comuns, mas é possível reverter essa percepção e encontrar um novo significado para a vida, mesmo nas fases mais avançadas. E para nos guiar nesse caminho, quem melhor do que Diógenes de Sinope, o filósofo que valorizava o essencial e mostrava que a verdadeira riqueza está no que temos dentro de nós.

O Que Realmente Importa?

Diógenes de Sinope é conhecido por seu estilo de vida simples e sua busca pelo essencial. Ele acreditava que a verdadeira felicidade não estava nas posses materiais, nas aparências ou no reconhecimento dos outros. Para ele, o valor de uma pessoa estava em sua sabedoria e na capacidade de viver uma vida plena com o mínimo necessário. Aplicando isso à sua vida, é possível perceber que, mesmo quando se sente esquecido pela família ou como um idoso abandonado, o que você tem de mais valioso é algo que nunca pode ser tirado: sua experiência, sua sabedoria e sua capacidade de transmitir ensinamentos às gerações mais novas.

Você viveu uma vida cheia de desafios, conquistas e, sem dúvida, momentos de grande aprendizado. Esses momentos, por mais que pareçam distantes agora, são o que tornam você uma pessoa única e valiosa. Sua história não termina com a chegada da velhice; ela continua, e há muito a ser compartilhado. Diógenes nos ensina que, mesmo quando o mundo parece não dar valor ao que temos a oferecer, a verdadeira riqueza está em reconhecer o nosso próprio valor.

O Sentimento de Ser Um Fardo

Muitas vezes, o sentimento de ser um fardo na velhice surge quando sentimos que não somos mais úteis ou que estamos apenas ocupando espaço na vida de nossos familiares. Esse pensamento pode se fortalecer quando há uma mudança na dinâmica familiar, como a chegada de novas responsabilidades para os filhos ou netos, o que pode deixar uma impressão errada de que você se tornou um peso.

Mas é importante lembrar que seu valor não é medido pela quantidade de ajuda física que você pode oferecer, mas pelo impacto que você teve e continua a ter na vida das pessoas ao seu redor. Ajudar a criar filhos, compartilhar histórias e ensinamentos, ser uma fonte de sabedoria e apoio emocional — tudo isso é uma contribuição valiosa. Diogenes não media o valor das pessoas por suas ações, mas sim por seu caráter e sua capacidade de viver com autenticidade. Você ainda tem muito a oferecer.

A Relação com a Família

A relação familiar pode se transformar com o tempo. Às vezes, as visitas diminuem, os telefonemas se tornam mais raros, e isso pode dar a impressão de que você foi esquecido pela família. Porém, essa distância nem sempre significa falta de amor ou de importância. As novas gerações enfrentam rotinas cada vez mais agitadas, e é comum que o tempo para estar junto fisicamente seja reduzido. No entanto, isso não diminui seu papel como peça central na estrutura familiar.

Diogenes acreditava que o importante é como nos relacionamos com o essencial e a família é uma parte essencial de nossas vidas. Você pode não controlar a frequência com que seus familiares estão presentes, mas pode controlar como se sente a respeito disso. Em vez de se ver como um idoso abandonado, tente olhar para suas conexões com amor e compaixão, entendendo que o carinho e o respeito que você plantou ao longo da vida continuam vivos, mesmo que de maneiras mais sutis.

Superando a Desvalorização

Quando se sente desvalorizado, é comum que pensamentos como “eu não sou mais necessário” surjam. No entanto, pense no legado que você já deixou. Cada palavra dita, cada conselho oferecido, cada momento de paciência com seus filhos ou netos plantou sementes que continuam a florescer. A contribuição que você fez para a vida deles é eterna, mesmo que você não veja os frutos imediatamente.

Diógenes, com sua filosofia de vida focada no essencial, nos mostra que o valor de uma pessoa não se mede pelo que os outros reconhecem, mas pelo impacto profundo que deixamos no mundo. E o seu impacto está em sua história, nas lições que você compartilhou e na maneira como você enfrentou os desafios da vida. Sua sabedoria e experiência são tesouros que não podem ser apagados.

O Que Fazer Quando se Sente Abandonado?

Sentir-se idoso abandonado é uma sensação devastadora, mas é importante lembrar que você tem o poder de transformar essa percepção. Ao olhar para dentro e reconhecer o valor do que você viveu, pode começar a ver que seu papel no mundo vai além da presença física dos outros.

Diógenes nos ensinava a viver com o que temos de essencial, e você tem algo que muitos jovens ainda não desenvolveram: uma perspectiva de vida única e rica em experiências. Ao compartilhar isso, seja por meio de conversas, seja por escritos, você pode continuar a impactar positivamente quem está ao seu redor.

Aqui estão algumas maneiras práticas de lidar com esse sentimento:

Reaproximando-se das Gerações Mais Novas

Mesmo que você se sinta distante de sua família, tente novas formas de se conectar. Talvez você não seja tão adepto à tecnologia, mas aprender a usar uma rede social ou uma ferramenta de comunicação pode aproximar você de seus filhos e netos. O simples ato de enviar uma mensagem ou compartilhar uma lembrança pode reacender a conexão.

Criando Novos Laços

Se o contato familiar não for frequente, isso não significa que você está condenado à solidão. Buscar novos círculos sociais, como grupos de convivência, centros de atividades para idosos ou até mesmo comunidades online, pode trazer novas amizades e histórias para compartilhar.

Redescobrindo o Valor da Simplicidade

Diógenes vivia em um barril, sem posses, e ainda assim encontrou felicidade na simplicidade. Que tal redescobrir o prazer nas pequenas coisas do dia a dia? Um pôr-do-sol, um bom livro, uma caminhada no parque… Esses momentos simples podem trazer paz e felicidade, independentemente da presença dos outros.

O Legado que Você Deixa

Mesmo que, às vezes, você se sinta esquecido pela família, lembre-se de que seu legado está em cada pessoa que você tocou ao longo da vida. Suas histórias, ensinamentos e valores continuam vivos nas gerações futuras, mesmo que você não esteja presente para ver isso diretamente.

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20 Perguntas e Respostas para Entender e Superar o Sentimento de Ser Esquecido pela Família e Abandonado na Velhice

Muitos idosos enfrentam momentos de dúvida e incerteza em relação ao seu papel na família e na sociedade. Com o passar do tempo, sentimentos de desvalorização, abandono e inutilidade podem se intensificar. Como psicólogo, quero ajudar você a entender esses sentimentos e oferecer formas de enfrentá-los, inspirando-se nos ensinamentos de Diógenes de Sinope, que valorizava o essencial e nos ensina que a verdadeira riqueza vem de dentro.

1. “Por que eu me sinto esquecido pela minha família?”

Esse sentimento pode surgir quando as interações familiares diminuem. Às vezes, seus filhos e netos estão tão envolvidos com as próprias responsabilidades que acabam negligenciando o contato regular. Isso, porém, não significa que eles não se importam. Diógenes nos ensina a focar no que é essencial para nós mesmos, e não no que os outros fazem ou deixam de fazer. A chave é valorizar suas próprias experiências e reconhecer seu valor.

2. “O que posso fazer para lidar com a solidão que sinto?”

A solidão é um sentimento que afeta muitas pessoas na velhice. Tentar se conectar de formas novas pode ser uma solução. Aprender a usar a tecnologia para manter contato com seus entes queridos, buscar grupos de apoio ou atividades sociais pode trazer um novo sentido para sua rotina. Diógenes vivia de maneira simples, mas encontrou satisfação nas pequenas coisas. Às vezes, a companhia de um bom livro, um passeio ao ar livre ou até mesmo um novo hobby pode aliviar a solidão.

3. “Por que sinto que sou um fardo para minha família?”

É comum pensar que você não tem mais tanto a oferecer ou que está atrapalhando a vida de seus familiares. No entanto, é importante lembrar que o seu valor vai além da ajuda prática que pode dar. Sua sabedoria e experiência são presentes valiosos. Mesmo que você não se sinta fisicamente útil, sua presença, seus conselhos e seu carinho continuam sendo essenciais para seus familiares.

4. “Como posso parar de me sentir abandonado?”

Sentir-se um idoso esquecido pela família pode ser muito doloroso, mas é importante distinguir a ausência física da ausência emocional. Seus familiares podem estar fisicamente distantes, mas o laço emocional pode continuar forte. Tente manter as portas abertas para o diálogo, seja por uma ligação, uma mensagem ou até uma carta. Muitas vezes, basta uma iniciativa para reavivar a conexão.

5. “E se minha família realmente não se importar mais comigo?”

Esse pensamento pode ser extremamente doloroso, mas raramente reflete a realidade. Mesmo que o contato tenha diminuído, não significa que o amor ou o carinho tenham desaparecido. A vida moderna é corrida, e muitas vezes, as pessoas perdem a noção de como o tempo passa. Tente comunicar seus sentimentos de maneira aberta e honesta. Diógenes nos ensinava a ser diretos e autênticos. Talvez um diálogo franco possa trazer de volta a proximidade.

6. “Como posso encontrar propósito na velhice?”

O propósito na vida não desaparece com a idade, ele apenas se transforma. Talvez você não tenha mais as mesmas responsabilidades de antes, mas isso abre espaço para novos interesses e descobertas. Diógenes acreditava que o valor da vida está no essencial, e você pode encontrar propósito em coisas simples: ser um modelo para as gerações mais jovens, compartilhar suas histórias ou até mesmo aprender algo novo.

7. “Por que minha família não me visita com mais frequência?”

A rotina corrida e as obrigações diárias podem fazer com que as visitas familiares se tornem menos frequentes. No entanto, isso não significa que você tenha sido esquecido. Às vezes, vale a pena perguntar diretamente como seus filhos ou netos estão e ver se há algo que pode ser ajustado para facilitar as visitas. A comunicação aberta pode ajudar a reduzir a distância emocional.

8. “Como posso continuar a ser útil para minha família?”

Mesmo que você não consiga mais realizar tarefas físicas como antes, ainda há muitas maneiras de ser útil. Seu conhecimento e suas experiências de vida são insubstituíveis. Você pode ajudar dando conselhos, ouvindo seus familiares, ou até mesmo compartilhando suas memórias. Diógenes nos ensinou que o valor não está nas coisas materiais, mas na sabedoria e nas relações que construímos.

9. “Por que sinto tanta tristeza por não ser mais necessário?”

Esse sentimento surge muitas vezes porque, durante grande parte da vida, o papel que desempenhamos define nossa identidade. Quando envelhecemos e as responsabilidades mudam, pode parecer que perdemos nossa utilidade. No entanto, é importante lembrar que o valor de uma pessoa não está apenas em sua capacidade de trabalho, mas também no impacto que ela teve e ainda tem nas pessoas ao seu redor. Sua presença é valiosa por si só.

10. “Como posso me sentir valorizado novamente?”

Uma maneira de se sentir valorizado é reconhecer o quanto você já fez e o quanto você ainda pode oferecer. Procure novas formas de contribuir, seja através de conversas com seus familiares, ou até mesmo participando de atividades sociais ou voluntariado. Diógenes nos ensina que, mesmo com pouco, podemos encontrar grande valor em nós mesmos.

11. “O que eu faço quando não recebo atenção suficiente dos meus filhos?”

Tente se lembrar que a vida dos seus filhos pode estar cheia de desafios e responsabilidades, e que isso não significa que eles não se importam. Às vezes, uma conversa honesta sobre seus sentimentos pode ajudar. Diálogo aberto e transparente, sem cobranças, pode aproximá-los.

12. “É errado depender dos meus filhos agora que estou mais velho?”

Depender dos seus filhos em alguns aspectos não é errado. O ciclo da vida nos leva a momentos em que precisamos de mais ajuda, e isso é normal. No entanto, é importante manter sua independência emocional e se lembrar de que, mesmo que precise de apoio físico, você ainda tem muito a oferecer em termos de sabedoria e carinho.

13. “Como posso lidar com a culpa de sentir que sou um peso?”

A culpa é um sentimento natural, mas não deve dominar sua vida. Lembre-se de que, em algum momento, você também já cuidou dos seus filhos e fez muitos sacrifícios. Agora é o momento deles retribuírem, e isso faz parte do ciclo da vida. Diógenes valorizava a simplicidade e a aceitação da vida como ela é permita-se aceitar o apoio de seus familiares sem culpa.

14. “Por que meus netos não me procuram mais?”

Às vezes, os jovens se afastam por conta de seus próprios compromissos e interesses. Isso não significa que eles não se importam, apenas que estão focados em outras áreas da vida. Tente iniciar o contato, seja por mensagem ou até mesmo usando redes sociais. Uma aproximação simples pode trazer de volta a relação com eles.

15. “Como posso deixar um legado significativo?”

Seu legado não precisa ser material. O maior legado que você pode deixar são os valores que você transmitiu, as histórias que compartilhou e os exemplos que deu ao longo da vida. Diógenes vivia de forma simples, mas seu legado é imenso. Pense em como você pode continuar a inspirar os outros com sua sabedoria.

16. “Como posso encontrar paz interior na velhice?”

A paz interior vem de aceitar as coisas como são e valorizar o que você tem no momento presente. Diógenes nos ensina a viver com o essencial e a não se apegar ao que está fora do nosso controle. Busque momentos de tranquilidade, pratique a gratidão e foque nas pequenas alegrias do dia a dia.

17. “Como posso me manter relevante?”

A relevância não está apenas em acompanhar as novidades ou ser ativo como antes, mas em continuar compartilhando sua experiência e conhecimento. Você tem um valor único que não desaparece com o tempo. Sua presença e suas histórias são o que fazem você relevante para as pessoas ao seu redor.

18. “O que eu faço quando me sinto inútil?”

Quando esses pensamentos surgirem, lembre-se de tudo o que você já conquistou e de como você ainda pode ser uma fonte de sabedoria. Mesmo que você não consiga fazer tudo o que fazia antes, seu impacto emocional e suas contribuições continuam sendo importantes.

19. “Como posso encontrar felicidade na simplicidade?”

Diógenes nos ensina que a felicidade não vem das coisas grandiosas, mas da simplicidade da vida. Aproveite os pequenos momentos uma conversa com um amigo, uma boa refeição, ou simplesmente a beleza de um dia ensolarado. A felicidade está nas coisas que muitas vezes passam despercebidas.

20. “O que devo fazer se a tristeza não passa?”

Se a tristeza persistir, pode ser útil buscar apoio, seja conversando com um familiar, um amigo ou até mesmo um profissional. Às vezes, falar sobre seus sentimentos com alguém pode trazer uma nova perspectiva e ajudar a aliviar a carga emocional.

Conclusão: Você é Importante e Valioso

A lição que Diógenes de Sinope nos deixa é que, mesmo quando tudo parece difícil e as pessoas ao nosso redor parecem ter se afastado, o que temos de mais valioso está dentro de nós. Sua vida, suas experiências, e sua sabedoria são tesouros que não podem ser medidos por visitas frequentes ou chamadas telefônicas. Você é importante e sempre será.

Seja sua própria companhia, valorize o que você conquistou e continue a compartilhar seus conhecimentos. Seu legado vai além do físico, e suas contribuições para o mundo nunca serão esquecidas.

Lembre-se: seu valor não diminui com a idade. Você é um exemplo vivo de resiliência e sabedoria, e ainda tem muito a oferecer, tanto para você mesmo quanto para os outros.

Referências Bibliográficas:

Neri, A. L. (2007). Qualidade de vida na velhice: Enfoque multidimensional. Campinas: Alínea Editora.

Beauvoir, S. de (1996). A Velhice. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.

Phillipson, C. (2013). Ageing. Cambridge: Polity Press.

Nussbaum, M. C. (2001). A Fragilidade da Bondade: Fortuna e Ética na Tragédia e na Filosofia Grega. São Paulo: Companhia das Letras.
Nussbaum explora como a filosofia antiga, incluindo Diógenes de Sinope, ajuda a lidar com questões da fragilidade humana e a busca por um significado maior na vida.

Frankl, V. E. (2019). Em Busca de Sentido: Um Psicólogo no Campo de Concentração. Petrópolis: Editora Vozes.

Erikson, E. H. (1998). O Ciclo de Vida Completo. Porto Alegre: Artes Médicas.

Dias, C. M. (2014). Velhice, Sabedoria e Saúde Mental. São Paulo: Editora Paulus.

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